Lábios roxos a toda a hora

Não existiu viagem num tom de reviravolta, nem sequer uma viagenzinha de comboio, simplesmente não conseguimos ir.
Não exitiu o 'eu a respirar noutro síto' mas existiu um fim-de-semana estranho-bizarro-reconhecido-novo-diferente-revisão.

foi a festa de sábado naquela casa com uma porta gigaente que se abre sozinha, muito figata segundo o Luciano, muito assustadora secondo me, o elevador claustrofóbico e o apartamento amplo, a meia luz cheio de desconhecidos. de novo mergulhar nas pessoas, ler pessoas, descobrir afinidades, deixar-me levar por aquele cenário que podia tanto ser do Eça.

foi acordar na manhã seguinte, pensar que havia tempo para estudar mas não, há demasiados piscianos. churrasco do Thiago, a casa de futebolistas com borboletas na parede, o arroz maravilhoso, as pessoas que já estiveram mais perto mas que vão voltar a estar, o forró, a energia e a simpatia dos brasileiros, lábios e dentes roxos, o André que só falou besteira (ahahahh), o regresso ao centr, a decisão alterada de 2 em 2 horas... dormir.

e hoje foi um acordar de uma noite de sim/não estocolmo, foi sentir um vento estranho em Bologna, foi não conseguir tomar banho no meu bagno porque o invadiram, foram dores de barriga e atrofios parvos, foram olhos pesados e café contigo,foi comprar bolo e prendas de menino ao Timo. Parabéns conquilino!